Nunca
tive muito autocontrole. Nem mesmo quando era realmente necessário, e
muito menos quando se tratava de uma garota. Nesse momento, eu estava
saindo. Estava indo a casa do Niall, por que ao que parece ele levaria
um grupo de amigos lá e daria uma festa. Eu parei no hall do meu
apartamento e esperei o elevador. Não vestia nada demais. Uma camiseta
azul escura,
calça jeans escura e all-star branco. Roupa simples, comum e básica. O
elevador chegou e eu entrei, logo apertando o botão do térreo. Eu
encostei na parede e verifiquei o horário no meu celular. Eu estava
atrasado, que beleza. Franzi a boca e guardei o celular no bolso.
Percebi que o elevador iria parar no próximo andar graças a alguém que o
tinha chamado também. Franzi a cara. Que droga – pensei – já estou
atrasado, e isso vai ajudar muito…
Eu joguei o cabelo pra frente
no momento em que a porta abriu e então o sacudi como eu estava
acostumado a fazer e então o joguei de lado e arregalei os olhos feito
um idiota ao ver quem tinha entrado no prédio. Eu desviei o olhar
cobrindo a boca com a mão disfarçadamente. Ela estava linda. Ela usava
uma roupa casual, mas que de alguma forma mexeu comigo. Um shorts cor de
rosa e um Cardigan azul claro. Chinelos nos pés e o cabelo solto e
completamente bagunçado, coisa de quem tinha acabado de acordar. Ela
sorriu pra mim e então voltou a encarar a sua frente.
Eu fora
apaixonado por essa garota fazia um bom tempo, mas eu nunca tivera
atitude o suficiente para chamá-la pra sair. Claro, eu provavelmente
conseguiria, mas ela era uma garota simples, e eu um astro-pop. Jamais
daria certo e ela nunca aceitaria, então pra que tentar?
Eu
fechei os olhos e praguejei em minha mente. Droga, por quê? Por que ela
tinha que usar esse perfume que me deixava rolando os olhos e me fazia
pensar coisas obscenas sobre ela? Por que ela tinha que conferir a
maquiagem mordendo o lábio de leve pra ver se estava boa? Por que ela
tinha que sacudir os cabelos pra eles ficarem no lugar certo? … Por que
ela tinha que estar no mesmo elevador que eu?
Eu ainda estava de
olhos fechados e no escuro quando o elevador deu um solavanco e parou, e
ao abrir os olhos me encontrei na mesma situação da de antes: no
escuro.
- Mas que p… – ela disse e eu olhei pra fonte da voz.
- Acabou a energia – comentei.
- É o que parece…
Eu
encostei na parede e fiquei meio que de frente pra onde ela estava.
Deixei minha cabeça passar por Niall e se ele ficaria preocupado se eu
não aparecesse. Então, eu inalei e senti o perfume dela outra vez.
Fechei os olhos. Eu apertei os dedos na própria mão mordendo a boca
forte.
- Argh, que droga! – ela exclamou. Eu levantei a cabeça.
Ela tinha que xingar né, é claro, as mulheres acham isso normal, não
garotas aqui vai uma dica, quando você xinga mas está realmente nervosa,
é sexy. Por isso adoramos isso nas brigas, mas por que ela tinha que
fazer isso enquanto estava presa no escuro, trancada num cubículo de 2m²
comigo?
Pare de pensar merda Harry…
Bom, sempre imaginei
que ao tentar falar com ela, eu ficaria vermelho feito um camarão, então
por que não tentar no escuro? Que mal teria? Eu sorri. Eu ia falar com
ela sim. Não era como se simplesmente trocar algumas palavras fossem
resultar em sexo no elevador…
- Você mora no 2B, certo?
- Sim. E você é o Harry Styles.
- Isso não foi uma pergunta.
Ela riu, um som que eu adorei e sorri ao ouvir.
- Não, só um fato. Estranho conversar com um famoso…
-
Não pense em mim como um ’famoso’, pense em mim como um garoto qualquer
do seu prédio – falei. Um garoto qualquer do seu prédio que estava
segurando todas suas forças para não te agarrar agora mesmo.
- Não posso fazer isso. Você não é um garoto qualquer.
- Não? – perguntei sorrindo.
- Não. Você é um cantor mundialmente famoso. Não pode mudar o que é…
- Nem quero – respondi sorrindo e mesmo no escuro pude notar que ela sorriu pra mim.
- Deve ser legal. Ter todas as garotas do mundo praticamente implorando pra você dormir com elas…
-
Não quando na verdade nós só queremos uma – Isso Harry, parabéns, fodeu
tudo de uma vez só, continua jogando indireta, otário. Pensei. Percebi
que ela ficou em silêncio enquanto me raciocinava sobre o que eu tinha
dito e então ela coçou a cabeça.
- Entendo. É bem difícil quando amamos alguém que não podemos ter.
- Oh yeah – concordei olhando exatamente pra onde ela estava.
Nós
continuamos no silencio e então ela suspirou e encostou na parede do
meu lado. Essa garota estava pedindo… Ela franziu o rosto antes de
começar a tirar a sua blusa, se deixando revelar uma blusa de alcinha
branca, que não ia até a barra da cintura do shorts, deixando um pedaço
da sua barriga a mostra, e eu me peguei inclinado pra frente e para
baixo, com a cabeça torta e olhos semicerrados, tentando achar algum
ponto de sua barriga pra mim encarar. Infelizmente, ela notou.
Infelizmente? Bom… não foi tão ruim assim.
- Está me avaliando, Harry?
- … Talvez – disse com um pouco de coragem.
Ela rolou os olhos e suspirou e então olhou pra mim e eu retribui olhando pra ela.
- Não entende mesmo as indiretas, né?
Eu
arregalei os olhos. Oi? Isso foi pra mim mesmo? Ela inclinou o quadril
pra frente, de um jeito muito… provocante. Eu abri a boca e então subi
os olhos que estavam em seu quadril até onde seu rosto estaria, abrindo
um sorriso torto no caminho. Antes que eu pudesse mudar de ideia, eu
desencostei e fui pra frente dela, encostando no corpo dela ao invés da
parede mas dessa vez de frente. Ela gelou.
- Que tal me dar outra coisas além de indiretas? – comentei piscando.
Ela
sorriu e então levou suas mãos pro meu cabelo, aonde enfiou as unhas e
então me puxou pra ela. Era praticamente impossível de acreditar que eu
estava finalmente me amassando com ela. Ela ficou nas pontas dos pés
para poder me alcançar. Suas duas mãos segurando o meu rosto contra o
dela enquanto sua boca contornava a minha de uma maneira inacreditável.
Eu levei uma das minhas mãos pra sua cintura e a puxei ainda mais pra
mim, de modo que nem ar passava entre nós dois. A minha outra mão foi
para o seu cabelo, aonde eu segurei, bagunçando-o ainda mais. Ela soltou
a minha boca e ofegou.
- Não acredito que estamos fazendo isso… – ela disse.
- Pare de falar e volte a me beijar…
Ela gemeu baixinho.
- Meu deus, sua voz…
Eu
levei a minha boca para o ouvido dela e sussurrei o nome dela. A mão
que estava em seu pescoço sentiu ela se arrepiar e então eu sorri antes
de começar a distribuir beijos no pescoço e nos ombros. Eu dei leve
mordidas, apenas para saber se ela gostava e fiquei feliz ao ver que
sim. Ela praticamente não tinha espaço para se mover, mas de alguma
maneira ela conseguia se contorcer sob mim, e o mais perverso de tudo
foi que eu gostei. Gostei da maneira que ela se mexia, mas não por
tentar fugir, por prazer mesmo…
Uma das suas mãos começou a
descer pelas minhas costas e as manteve ali por um segundo, enquanto eu
segurei a sua cintura com os dois braços e a tirei do chão, a
imprensando contra a parede. Ela não subiu as pernas na minha cintura,
simplesmente me deixou segurá-la ali. Em menos de 5 segundos, ela
começou a puxar a minha camiseta com as mãos de um modo desesperado e
então eu afastei o tronco, deixando que ela a puxasse. Meus colares
bateram no peito agora nu, e ela os segurou na palma da mão antes de
colocá-los pras minhas costas.
- Belo colar – ela disse antes de
voltar a me beijar. Suas mãos passeavam pelos meus ombros e costas,
então vinham para o peito onde subiam para o meu pescoço e cabelo. Era
um ciclo vicioso do qual eu nunca ficaria cansado. Eu subi as mãos da
sua cintura por debaixo da blusa, e fiquei contente ao notar que ela não
tentou me parar. Eu alcancei seus seios e felizmente ela estava sem
sutiã. Sutiã era um grande quebra-clima nessas horas, poxa, ter que
parar tudo o que você está fazendo, aquele caminho à loucura só pra
abrir aquele fecho maldito que parecia colado por natureza? Argh… Ela
mordeu a minha boca quando eu apertei um de seus seios e então eu mordi a
dela de volta. Eu ia colocá-la novamente no chão, mas quando a desci,
seu quadril encontrou o meu e ela por instinto se empurrou contra mim,
me fazendo soltar um gemido que eu nunca tinha sequer imaginado ter a
capacidade de produzir. Só de sentir ela, a sentir contra mim, se
insinuando pra mim, se dando pra mim me fazia imaginar coisas que eu não
poderia pensar agora. Eu retribui a sensação quando imitei uma estocada
nela, e da mesma maneira que eu senti ela se derreter nas minhas mãos,
então eu continuei até que a sensação dela enfraquecesse e então
sumisse.
Ela pôs as mãos no meu peito e se afastou de mim. Não
pude ver cara dela, mas senti duas mãos me ajudando a girar e então
ficar encostado na parede gelada. Franzi o cenho. O que ela faria ag- Oh
meu deus… Eu joguei a cabeça pra cima e gemi quando ela desceu a mão
pela minha barriga e entrou com os dedos por dentro da calça e cueca,
segurando o que eu mais queria que ela segurasse agora. O gemido pareceu
incentivá-la a fazer mais, então ela começou a mover a mão num
movimento vai-e-vem. Eu mordi a boca tentando controlar os gemidos que
ameaçavam sair a todo momento, e então quando eu menos esperava, algo um
pouco mais quente me tocou lá, e não era sua mão. O momento em que sua
boca começou a distribuir pequenos chupões de leve e mordiscadas eu gemi
de novo e ela riu.
- Você é barulhento… – ela comentou.
- Você vai ficar pior quando for eu no controle – avisei.
Ela
pareceu perder o sorriso e voltou ao trabalho. Ela fez coisas que eu
tenho que admitir, sonhei com aquilo várias vezes, e vou deixar o
comentário “Ela é habilidosa” pairar no ar. Ela subiu a boca pela minha
barriga, peito até alcançar meu pescoço, e foi aí, que eu achei que ela
já tinha dominado demais. Graças a ela, eu já estava com as calças meio
que abaixadas, assim como a cueca, então eu enlacei minha mão na barra
do seu shorts e a puxei do chão por ele, a girando e a encostando na
parede num movimento rápido. Ela arfou quando eu a bati com as costas na
parede do elevado, e apesar e ainda a segurar só pelos shorts, não a
machucava. Levei minha boca a um de seus seios e ela levantou a cabeça
pra cima e ofegou. Eu mordi de leve o mamilo e ela mordeu a boca. Isso
só piorou a minha situação…
Eu a pus no chão e ao soltar seu
shorts notei que eu tinha realmente o alargado. Ele desceu por suas
pernas com o mais leve puxão e eu sorri ao ver meu bom trabalho. Eu
agachei e segurei uma de suas coxas e então a levantei, deixando-a com
uma das pernas levantadas.
Ela sufocou um grito quando notou o que eu ia fazer.
-
Harry, não ous- PORRA! – Eu ri e ela gritou e isso foi quando eu
coloquei um dedo dentro dela. Sorri olhando pra cima e ela estava de
olhos fechados, ou era o que eu achava na escuridão total. Eu
acrescentei mais dois dedos e então adicionei a boca no trabalho. É, ela
foi tão barulhenta quanto eu, talvez mais…
Eu tirei os dedos dela e subi para sua cintura a segurando no lugar enquanto eu subia a boca pela sua barriga.
- Agora estamos kits…
- Besta.
Eu
sorri e agachei atrás de uma camisinha que eu tinha no bolso da calça.
Ué, eu estava indo pra uma festa… tinha que levar proteção, não é?
Sorte
que pra alguém que já estava acostumado a fazer isso com uma mão só,
modéstia a parte, não demorei muito. Enquanto eu voltei a beijá-la, com
uma das mãos eu ajudei a entrada e logo que consegui e então subi a mão
pausando-a na parede ao lado dela, eu a empurrei pra cima com o quadril,
finalmente encaixando o meu com dela. Ela gemeu, talvez por dor ou
prazer, não sei. E então eu continuei. Sempre o mesmo movimento. Nós
dois estávamos de pé, o que não era muito confortável, mas ninguém aqui
estava atrás de conforto, somente de prazer. Que é, sinceridade é uma
dádiva…
Ela arranhou o meu pescoço e então e dobrei e velocidade
de cada estocada. Pude sentir meu cabelo molhado por causa do suor e
algumas gotas escorrendo pelo meu rosto. Por mais que nós não
conseguíssemos enxergar um ao outro, sabia que agora ela deveria estar
com uma feição intensa, o cabelo molhado e suado balando sobre o rosto e
olhando pra mim. Eu levei minha mão ao seu seio novamente e percebi que
ela estava tremendo. Só eu mesmo pra tremer com uma garota… Apesar que
ela não era uma garota comum. Eu realmente amava essa. Ela era…
diferente das outras. Ela era aquela garota que todos cortejam enquanto
ela simplesmente acompanhava a mãe em suas visitas. E o que era pior,
por que minha mãe era amiga da sua, vamos rezar pra que nada saia desse
elevador…
Eu já tinha redobrado a velocidade eu pude notar que
ela estava fazendo esse som, que era um quase-gemido em todas as vezes.
Ah isso era bom, ela estava gostando… Ela agarrou o meu pescoço e
levantou a cabeça soltando um gemido mais forte que os anteriores, e
apesar de estar cansado eu continuei. Sabia que era agora… Ela apoiou a
mão numa das paredes do elevador e gemeu um quase grito. Quando eu a
senti se contraindo em mim, eu pensei em parar, mas não parei. Não sei
por que. Eu continuei. Sempre tinha ouvido falar em mulheres que tinham
dois orgasmos. Será que era possível? Por que não tentar? A luz não ia
voltar tão cedo…
- Harry… – ela gemeu.
- Sim? – respondi
em meio aos ofegos enquanto eu ainda estava fazendo o mesmo movimento,
apenas numa velocidade um pouco diferente.
- Não pare – ela pediu – sei o que está tentando fazer, não pare!
Eu ri.
- Como desejar, mademoiselle…
Ela
sorriu ao me ouvir falando em francês com ela. Eu sorri e então por
mais que estivesse difícil, eu aumentei a velocidade. Ela ajudava,
tentando se segurar mesmo que nas paredes, e então ficamos assim por
quase dois minutos. Ela tinha o rosto franzido, mas casualmente me pedia
pra continuar. Ela teve o dela e eu senti que o meu estava vindo. Não
agora, só por que eu queria continuar e tentar fazer a primeira garota a
transar comigo ter um orgasmo duplo? Felizmente ela soltou um gemido
mais forte e então me abraçou contra ela. O meu chegou um pouco antes do
dela. Eu ofeguei e dei uma última estocada antes de parar totalmente e
então eu pude observar enquanto ela tinha o segundo. Foi a mesma reação
do primeiro e eu sentia agora todo o seu corpo sofrer contrações e não
somente sua intimidade. Eu pude ouvir ela gemer/gritar meu nome pelo
menos duas vezes, o que realmente me fez pensar se eu era pervertido
demais, por que mesmo depois de tudo isso, ela conseguia ainda me
excitar. Sorri.
Nós ficamos ali, abraçados, um com o outro, trocando caricias, enquanto nós descansávamos.
- Sempre gostei de você, sabia? – ela disse ofegante – Desde os 12 anos…
- Sério? – eu ri – Gosto de você faz tempo.
- Não posso ficar com você – ela disse – Nunca iriam me aceitar. Suas fãs.
-
Elas nunca aceitam ninguém – concretizei. Era verdade. As Directioners
eram perfeitas, mas infelizmente tinham o pensamento: “Tem que ser eu a
garota dele, não pode ser outra que o fará feliz da mesma maneira, tem
que ser eu, e se não for, não vou gostar dela”.
- Poderíamos tentar – admiti.
- Poderíamos – ela concordou.
- Vamos tentar? – perguntei.
- Vamos – ela respondeu me fazendo sorrir.
A luz piscou e nós dois olhamos pra cima antes de olharmos um pro outro e começar a rir.
-
Você está ridículo! – ela riu – seu cabelo está mais bagunçado que o
normal, parece que alguém te assaltou, mas você está suado…
- E
você então, coisa feia? – comentei – Parece que acabou de correr uma
maratona e então achar um deus na cama e fazer sexo com ele…
- E fiz – ela disse rindo. Eu ri e concordei com a cabeça.
- Você foi melhor que eu…
Ela riu sarcasticamente e então a gente se soltou antes de começarmos a nos vestir de volta.
- Aonde você estava indo antes de… antes de tudo isso?
- A casa de uma amiga. Mas ela não vai ligar se eu sumir.
- Estou indo pra uma festa, quer vir?
- Achei que nunca iria chamar.
Eu
sorri e segurei a mão dela, e então quando o elevador abriu a puxei pra
fora. Ninguém sabia de nada do que havia acontecido ali dentro. Ninguém
ao menos…
- Boa noite, Sr. Styles – disse o porteiro quando
passamos por ele, e ele sorria. Pude ver telas de câmeras de filmagem
dentro da sua cabine e franzi o rosto então parei.
- Boa noite Alfred. Não conte pra minha mãe, tudo bem?
- Eu não vi nada – disse ele sorrindo maliciosamente – E também não te contei que as câmeras tem visão noturna…
Eu ri e ela enfiou a cabeça no meu ombro, rindo e se escondendo.
- Eu te odeio – avisei rindo enquanto saia do prédio.
- Tenha uma boa noite! – ele gritou enquanto voltava pra sua cadeira assoviando.
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